A Independência
A Independência
A independência não é um mero idealismo interno nem se faz subitamente presente na concreção externa. Não é uma iniciação em ideias e representação social. Ela é a própria manifestação absoluta do espírito. Em qualquer época, no meridiano sofístico da interpretação, degradado bem mais pelo mau uso da língua que pelo poder real da consciência, a independência é vista pelo voo da falsa liberdade de pensar e agir, por enxergar tudo pelos favores psicológicos mútuos que alimentam o próprio desdém subjetivo. Ninguém jamais será “senhor” da realidade, porém é possível ser cônscio de seu domínio real e reger uma sinfonia cuja obra será uma dádiva da inteligência espiritual. É exatamente isso que provoca a ira de demônios e a revolta daqueles que se regurgitam socialmente e em falsa família, hipnotizados pelo “ouro” e pela “prata” de sua própria escravidão nas trevas.
(Escrito por Álvaro Vinícius de Souza Silva, 10/07/2016)