O Balão

Lançou-se ao céu

Embriagado pelas estrelas

Flutuava leve e brilhava intenso

Desbravando a noite escura e desconhecida

Pairava sobre a cabeça dos mortais ingênuos

Esquivando-se das correntes contrárias

Pleno, e vivo, de fogo e papel

De sonhos e beleza

Delicadeza advinda da destreza dos mortais

Que pelas mãos habilidosas deram-lhe a vida

Que agora do chão, observavam quietos

A pequena e sutil magnitude que compartilhava

Subia

Desfilando sua beleza pelos caminhos recoberto de estrelas

E a noite já não era fria

Era calor, de abraços, sorrisos e conversas etílicas

Eram olhos atentos

Olhos de corujas curiosas

Observantes na ciência de cada passo

No gentil e doce deslocamento sob a noite

E tal como subia

Descia

Recebendo os aplausos internos dos corações admirados

No silêncio das horas que pousavam na varanda

Era luz, e beleza

Sem perigo

Sem intenção de machucar

Era somente pleno, e vivo de fogo e papel

Que roubava a atenção

Daqueles mortais, cujo coração flutuava junto

Desbravando sonhos e sensações

Calmos, no momento exato

Em que o relógio perdia-se

No contar das horas

Enquanto o som das risadas ecoava na varanda

Fazendo ciranda no meu coração.

Charlene Angelim
Enviado por Charlene Angelim em 04/07/2016
Reeditado em 04/07/2016
Código do texto: T5687049
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