As três cores

Verde, castanho e cinza. Às vezes o castanho e o verde se juntam e resulta um mel esverdeado que faz fronteira com cinza que também se mistura ao verde, se tornando um verde cinzento. Um mel esverdeado ou verde-mel, às vezes intrometidos, também aparecem na mistura tão confusos dentro desses olhos quanto eu que os olho de tão perto.

Deriva do humor, do jeito do olhar; Às vezes as cores viram um borrão só; quando seus finos lábios mudam de cor se debatendo entre a excitação e a ansiedade, mostram cor de carne e se contraem fazendo todas as cores que a compõe se manifestarem de uma vez só.

O olhar de predador que ela consegue compor, se mistura com a insegurança do seu sorriso, sem conseguir esconder a ambiguidade que é. Ela é predadora, mas comigo é presa. Seus rabiscos pela mente e corpo, me mostram muito mais cores do que realmente tem; colorem ela inteira de cores que nunca nem vi; e essas tantas cores, com aquele jeito de me querer, regam com calor, as vontades e as lembranças. Ela é duas em uma só, e cada uma ainda tem dentro de si, varias versões dela mesma. É num paraíso que me sinto ao perceber que tudo ao meu redor é aquele mundo dela, e que ele inteiro é ela; sempre é pintado nessas horas, um raio de cor no cinza que normalmente se passa.

Douglas Mello
Enviado por Douglas Mello em 01/07/2016
Reeditado em 30/08/2016
Código do texto: T5684444
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