NÃO SUBESTIMEMOS AS MENTES SUPERIORES

A reflexão que se segue trata-se-de uma percepção eminentemente pessoal, sem qualquer fundamentação técnica ou científica. Entretanto, sob a minha ótica, parece-me lógica e razoável. Não o sendo, faço valer o meu direito de livre pensar e expressar, submetendo-me ao contraditório, ressalvado o anonimato:

Quanto maior a quantidade de anos por nós já vividos, mais distantes estamos, em termos de capacidade cognitiva, daqueles que nos sucederam em nascimento. Quanto mais jovens, mais evoluídos. Por exemplo: partindo-se do princípio de que o estágio pré-natal tenha se dado dentro da normalidade esperada e que não tenha havido problemas de má formação, ou de alguma deficiência, o bebê vem ao mundo gozando de saúde física e mental. Portanto, na plenitude do seu ser.

Dentro desse raciocínio, qualquer pessoa que precede a outra é intelectualmente inferior a esta. Assim, em tese, a mente de uma criança, é mais evoluída que a mente dos seus próprios progenitores.

A falta de entendimento ou de aceitação dessa realidade, resulta em transtornos, desentendimentos e revoltas, envolvendo pais e filhos. É como uma ferida aberta, povoada de larvas, moscas e bactérias, que não cicatriza, ao contrário, deteriora-se, dia após dia.

Muitas vezes os pais – mentes inferiores – querem impor suas convicções, não raro equivocadas, aos seus filhos – mentes superiores. Indaga-se, então: Como é possível uma mente inferior, querer subjugar uma mente superior?

Essa hipótese evidencia total ausência de razoabilidade por parte daqueles que assim procedem, uma vez que, na sua perspicácia, a criança, embora ainda de tenra idade, tem clara noção do que é e do que não é razoável. Consequentemente, e, como forma de explicitar o seu descontentamento, revolta-se e se rebela.

A nós pais e futuros pretendentes a sê-lo, compete termos muita clareza dessa realidade, pois, do contrário, estaremos causando reflexos negativos na personalidade dos nossos filhos. Tornando-os frustrados, revoltados, distanciando-os cada vez mais de nós e os deixando vulneráveis às implacáveis abordagens do mal, sempre à espreita.

Rafael Arcângelo
Enviado por Rafael Arcângelo em 01/07/2016
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