Para.

Para esvair de gravidade

que insiste em derrubar

sem culpa viver

não entender o porquê de existir.

Para perturbar constelação

desordenar identidade

Imbricar-nos.

Dizer ''não chore''.

Sintir o poemário na barriga

em sua língua, na esquina, em minha voz e nunca mais.

Sinto muito pelo singular e popular, ser de verdade aquele adeus

que tu jurou nunca ter dito,

pelas vírgulas e duvidas,

senti, sinto, sentirei muito, demais.

Mirela Lourdes
Enviado por Mirela Lourdes em 26/06/2016
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