DO NADA DO SER TUDO (Série Poema no Poema) ROBERTA LESSA
QUEM SOU EU, uma forma formatada ou a usurpada fôrma?
Tudo é precedido desde que jamais solidifique aquilo DO QUE SOU.
QUEM SOU EU, uma regra desregrada ou a solução adaptada?
Tudo é comedido desde que jamais simplifique aquilo DO QUE SOU.
QUEM SOU EU, uma vida sincronizada ou a pulsação ampliada?
Tudo é sentido desde que jamais modifique aquilo DO QUE SOU.
QUEM SOU EU, uma gota marejada ou potentada fruição?
Tudo é preterido desde que jamais burrifique aquilo DO QUE SOU.
QUEM SOU EU, uma enluarada noite ou esclarecida condição?
Tudo é concedido desde que jamais massifique aquilo DO QUE SOU.
QUEM SOU EU, uma alada percepção ou a enlutada sensação?
Tudo é estendido desde que jamais liquidifique aquilo DO QUE SOU.
QUEM SOU EU, uma calada voz ou a ousada divagação?
Tudo é contido desde que jamais crucifique aquilo DO QUE SOU.
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MAIS UMA INTERAÇÃO MARAVILHOSA DO GRANDE POETA JACÓ FILHO
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"NÃO SOU NINGUÉM
Sou o espírito, cuja missão esqueceu,
E nada fará sentido por mais que lute...
Minhas orações, não há quem escute,
E se assim não é, ninguém respondeu...
De tudo que faço, minha alma aprecia,
Momentos de retiro pra tentar ouvi-la...
Mas a mensagem ainda por traduzi-la,
Vai sendo registrada na minha poesia...
Mas mundo diz não e em tudo conspira,
Faltam mensageiros vindos das alturas...
Dando a impressão, que não há lisura,
No mundo das artes sou posto à deriva,
Com tantos autores, vivendo as agruras,
De não ser ninguém perante as criaturas..."
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