Nuances de vida
Nada mais acontece...
Neste meu supremo mundo distorcido.
Lá fora é cinzento e abstrato...
E as pessoas o enxergam como se fosse perfeito.
Já o meu aqui é meio claustrofóbico.
Agoniza junto comigo e não sei até quando vou suportar...
Eu pairo sobre este lugar com cheiro de cinzas.
Eu permaneço sob o recinto feito uma estátua quebrada.
Não quero que junto os meus pedaços...
Prefiro os cacos ao chão.
Não quero viver neste mundo...
Não quero me acostumar com o que acho feio.
O belo é o que sou...
E também o que mais desejo.
O meu tesão é a alça que me joga para longe.
Não quero a feiura que todos pintam em ordem aleatória...
Prefiro a minha bagunça com cores sobrepostas...
Criando outras nuances de vida.