Luzes na caminhada
Temos todos os dias nos primeiros raios de sol, ou na turva e acinzentada manhã de chuva, as inúmeras possibilidades de fazer algo novo. Algo que não foi ainda concretizado.
Podemos construir coisas belas, com sabor de abraço apertado, com cheiro de mato molhado, com gosto de água de nascente, como magia de amizade, com a força de uma paixão sincera e pura. Podemos ousar ser grandes aventureiros a sonhar.
Na tarefa diária, a caminhada sempre nos remete a ser pessimistas, céticos, por vezes, medrosos. A vida é um desafio ao qual o medo deve ser sempre ferramenta, parâmetro para medirmos nossa capacidade de realizar algo, superando-o e o dissipando sempre; e também para que se avalie nossas limitações, nossa real capacidade. Saber lidar com nossos medos, nossas fobias talvez seja uma das maiores lições nessa caminhada, contudo entregarmos a eles, é de fato o ato de maior covardia que podemos nos submeter.
Nossas ambições não devem nunca ser desvinculadas de nossas reais capacidades, de nossos dons, de nossas posses intelectuais, afetivas, culturais. Nossas falhas, nossas imperfeições nos remete a acreditar que somos limitados. E sim somos. Somos imperfeitos sempre a buscar pela luz da próxima alvorada. Mesmo que ela não brilhe tanto, com o céu nublado mesmo, ainda iremos acreditar que sempre haverá luz.
Que nossas luzes sejam plenas a brilhar e que acendamos sempre as luzes de quem acha que vive no breu. Uma simples chama pode acender e despertar milhões de sonhos adormecidos sufocados pela falta de luz. Nossas luzes são sempre acessas nos “interruptores” de nossa mente.
Todas as vezes que sonhamos, idealizamos, vamos acendendo luzes por onde um dia iremos mirar nossas vista e enxergarmos toda a caminhada e quem sabe dizermos: “Foi bom caminhar, acender luzes, brilhar com meus amigos e familiares, amar e reluzir amor. Foi bom VIVER, transferir, emprestar minha pequena luz e tomar pra mim as luzes de quem quer me ver a brilhar”