Desconforto
Agradece-te-ei pelos desconforto que me aprecia. Através dele é que me beneficio, busco o auxilio, conheço novas formas de superar as atribulações, e principalmente, de superar-me a cada instante.
Sempre que necessário julgo o dever de sair de minha insana e vulnerável "casinha". Aprendi no desconforto que o maior veneno de uma existência seja o de viver no conforto, ou melhor dizendo; no perigo, em resumo, de duas palavras: "ZONA DE CONFORTO". Habitar essa circunstância, alucinógena, causa-me cegueira, inércia.
Busco, acho, perco...mais sigo. Sigo na certeza ou na incerteza...mas sigo.
Quando hoje caminho vejo nas pegadas por detrás de meus pés um feixe de aprendizado, de decepções, de amarguras, de dificuldades, de mentiras, de injustiças. Mas bem antes que uma lagrima ouse rolar em meus olhos, edifico a grande dádiva "de que isso tudo virou passado", e que apesar de tudo, fui um aluno aplicado na escola do viver. Faço dessa existência uma "Fenix" à cada manhã. Sol ou chuva bato minhas desconfortantes asas, pois ousarei incensante viver.