O BAILE
As manhas brilham
O mesmo brilho de ontem extinto,
As tardes morreram de tédio e solidão,
Seguindo a forma desintegrada
As noites lucidas na insanidade
Dos hospícios de velhos castelos ,
Olhares estranhos do exílio
No baile da juventude as luzes apagaram,
O fantasma dança no ritmo do tempo,
Preso, suspenso alem da cabeça do inverno,
Fria, desmemoriada,as luzes acenderam
Nesta tarde, as nuvens misturavam as minhas
Lagrimas represadas de um rio sem estado,
A responsabilidade cobra o volume
Dos mares onde a lua tocou a alma.
do mar morto afogaram a docilidade
Das ondas envelhecidas,
La no fundo, suas rugas jogam as cordas
Da salvação dos anjos,
Das namoradas despidas das tardes enfurecidas,
Na escuridão teimavam repetir,
O baile ainda toca melodias antigas.