Viver o presente como um raro presente de Deus.

Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal. (Mat 6:34). Esta passagem faz parte do sermão do monte que inicia no capítulo cinco e vai até o capítulo sete do Evangelho segundo Mateus onde Jesus nos ensina a ética do ser Cristão. Aqui Ele nos dá uma das oito razões para que não andemos ansiosos na vida. Aqui Jesus nos ensina e nos manda viver o presente com sabedoria. A palavra do grego usada aqui é: “μεριμναω merimnao”; estar ansioso, estar preocupado com cuidados. Ou seja, se pré ocupar como algo que não sabemos se acontecerá ou não. E bom entendamos que não estamos fazendo apologia para uma vida irresponsável, onde deixamos de lado a prudência para vivermos uma vida desregrada, não é isso. Aqui Jesus nos ensina a vivermos no equilíbrio. A ansiedade é uma das causadoras da fatídica e malfadada depressão que destrói muitas vidas preciosas.

Jesus nos alerta para que vivamos o presente com toda a intensidade que a sabedoria nos permite viver. Pois do passado só podemos tirar lições, e o futuro será sempre um reflexo do momento presente. Se vivermos o presente marcado pelos traumas das desventuras do passado com certeza o nosso futuro será marcado pelas mesmas malfadadas desventuras. Ele nos alerta contra o temor ansioso e doentio, que é capaz de eliminar toda possibilidade de alegria da vida no presente. Jesus afirma que a preocupação pode ser derrotada, aprendendo a arte de viver um dia de cada vez.

Quando olhamos para o dia tal como se nos apresenta, quando cumprirmos cada tarefa no momento que é o momento de fazê-lo, a soma de nossos dias será necessariamente boa. A recomendação de Jesus é que deveríamos enfrentar cada dia segundo suas próprias exigências, deixando para trás o passado e seus dissabores. Limpando a todo momento os nossos corações dos ressentimentos causados pela ingratidão alheia ou pelas desventuras vivida nos tempos ido. E deixar de se preocupar-se com um futuro que não somos capazes de prever e por coisas que provavelmente nem sequer acontecerão. Deixando assim de lado a perniciosa ansiedade, pois ela cega-nos, não nos deixando aprender a lição que nos oferece a natureza. Jesus nos pede que olhemos a liberdade e beleza das aves, e toda a maravilhosa abundância e riqueza que respalda a natureza que se banha no sempiternal amor de Deus, e que confiemos neste amor que nos fala através dessa riqueza. A ansiedade não nos deixa aprender a lição que a História nos oferece, e nos desvia das benesses que o futuro guarda.

Assim sendo a ansiedade é uma atitude essencialmente de antivida que advém de um interior onde a fé no amor já não faz morada. Onde os fantasmas do passado ainda assombram o presente, mostrando um futuro desastroso e sem vida. Pois em uma determinada situação um pode sentir-se totalmente sereno e outro, em troca, morrer de preocupação. Tanto a preocupação como a paz provêm, não das circunstâncias exteriores, mas sim do coração. Quando entendemos isto, começamos a ser donos do presente, e seguiremos agradecendo a vida como o mais raro e precioso presente que Deus nos dá a todo instante. Bom dia!

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 24/06/2016
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