Extintas ainda vivem
As coisas extintas se esconderam
Engano precoce das paredes de barro,
A modernidade chegou na rua de asfalto,
Aquela flor de cor e tipo estrangeiro
Nasceu entre as pedras
demolidadas da ponte
De madeira,
Quantos passos de sapato apertado
Pisaram ali,
Quantos rostos vi chorar e sorrir,
A soleira da porta guarda os mistérios
De quem entra e sai,
Quando se fecha a casa assobia
A mesma melodia de outros dias,
Ao amanhecer acorda do sonho
Vividos em outros anos...