O baile nao acabou....
As manhas brilham
O mesmo brilho de ontem extinto,
As tardes morreram de tédio e solidao,
Seguindo a forma desintegrada
As noites lucidas na insanidade
Dos hospícios de velhos castelos ,
Olhares estranhos do exílio
No baile da juventude as luzes apagaram,
O fantasma dança no ritimo do tempo,
Preso, suspenso alem da cabeça do inverno,
Fria, desmemoriada,as luzes acenderam
Nesta tarde, as nuvens misturavam as minhas
Lagrimas represadas de um rio sem estado,
A responsabilidade cobra o volume
Dos mares onde a lua tocou a alma
Do poeta,
do mar morto afogaram a docibilidade
Das ondas envelhecidas,
La no fundo, suas rugas jogam as cordas
Da salvação dos anjos,
Das namoradas despidas das tardes enfurecidas,
Na escuridao teimavam repetir,
O baile ainda toca melodias antigas.