O baile nao acabou....

As manhas brilham

O mesmo brilho de ontem extinto,

As tardes morreram de tédio e solidao,

Seguindo a forma desintegrada

As noites lucidas na insanidade

Dos hospícios de velhos castelos ,

Olhares estranhos do exílio

No baile da juventude as luzes apagaram,

O fantasma dança no ritimo do tempo,

Preso, suspenso alem da cabeça do inverno,

Fria, desmemoriada,as luzes acenderam

Nesta tarde, as nuvens misturavam as minhas

Lagrimas represadas de um rio sem estado,

A responsabilidade cobra o volume

Dos mares onde a lua tocou a alma

Do poeta,

do mar morto afogaram a docibilidade

Das ondas envelhecidas,

La no fundo, suas rugas jogam as cordas

Da salvação dos anjos,

Das namoradas despidas das tardes enfurecidas,

Na escuridao teimavam repetir,

O baile ainda toca melodias antigas.

Lilian Meireles
Enviado por Lilian Meireles em 23/06/2016
Reeditado em 23/06/2016
Código do texto: T5676608
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