Minha história

Minha história é sempre assim...

Vidas em tentativas!

Na ponta da faca batendo.

Por mais que sangre...

Continuo ali na peleja.

Pelejo um dia...

Pelejo agora...

Pelejarei amanhã.

Sabe quando tu sonhas algo...

Por mais que tu desejas parece inatingível.

Que está tão alto de uma maneira que não consegues alcançar.

Não quero e nem pretendo saber que eu fui. Mas, às vezes, bate aquela intuição forte. Mesmo não querendo acreditar nas teorias que me vem à cabeça.

Por hora, tenho a nítida sensação de não pertencer a este lugar e, em outro momento pensar que finquei raízes aqui... Em outras vidas...

Que percorri estes lugares na época em que tudo aqui era fazenda.

Talvez seja a questão de liberdade, o fato de sempre me encontrar presa em armações de concreto.

Pela janela olhando... Tento imaginar estes morros sem casas e nem barracos. Os arredores sem as fábricas... Sem a fumaça que polui o ambiente, os rios cheio de vida, rodeado por verde e não com o entulho que não o deixam respirar.

Quantas vezes, já percorri estes mesmos caminhos com os pés descalços sentindo a energia sobre o meu corpo?

Quantas espécies de pássaros aqui existiram?

Algumas ainda sobrevivem apesar da poluição.

Amo este lugar e, ao mesmo tempo detesto!

Ele me prende aqui... Faz-me sem alguma oportunidade que combina com a minha alma.

O que desejo vai além de toda e qualquer convicção palpável.

Agora é manhã de domingo, precisamente 07 h e 23 minutos.

Ainda se faz silêncio, a maioria das pessoas está dormindo. Ouço apenas o barulho de alguns cães latindo, pássaros, às vezes, um galo cantando ou o som de tiros entoando no ambiente.

O momento que aproveito já que, não fui trabalhar para confeccionar este texto começado há dois dias e que, não conclui pela falta do silêncio.

Este é outro tormento por aqui, a falta de privacidade para escrever.

E quando não exerço a minha arte, pareço não respirar... Não viver...

Este é o combustível para não enlouquecer neste mundo e neste lugar que me mantém presa...

Em vidas na peleja...

Pelejo um dia...

Pelejo agora...

Pelejarei amanhã...

Continuarei assim...

Até quem sabe não sei lá quando.

Atingir aos meus objetivos!

De poder não somente enxergar como também compartilhar de um mundo com mais respeito e educação.

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 22/06/2016
Código do texto: T5675098
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