É preciso ter cuidado para não se perder nos labirintos da fuga, da revolta, da inadmissibilidade diante da morte .
Morte sim, morte..diante dela nossa perplexidade é tão profunda que muitas vezes substituimos pela palavra Partida.
É partida sim, mas significa morte, nunca mais ouvir a voz, a risada, nunca mais ver, conversar, brigar, discordar... sentir somente o vazio da presença... o grito silencioso e dolorido da saudade.
É preciso estar alerta, vigiar para que na ânsia da inconformidade diante da nossa fragil mortalidade,
a gente não se fantasie com uma pseudo força somente pautada pelo ego, talvez na pressa para mostrar ao mundo que somos poderosos ao ponto de seguir adiante, porque a vida continua e precisamos ir em frente.
Sim precisamos,mas é preciso ter cuidado pois esta pressa em tentar descartar-se rapidamente de sentir a dor da perda, produz consequencias que somatizam de inumeras formas, tanto fisicamente quanto psicologicamente.
Sim, precisamos e devemos seguir, mas precisamos também calar para sentir a dor, fazer o luto,expurgar a inconformidade de nunca mais tocar fisicamente, ouvir a voz, a risada do amado que se foi, e sentir a estranheza de nunca mais poder reconstruir os sonhos e planos perdidos. Momentos....
Por isto escrevo sobre a dor, por isto exploro a dor, porque meu coração doi, minha alma chora.
Neste momento mesmo minhas crenças espiritualistas, mesmo minhas certezas que um dia eu também partirei e no outro plano reencontrarei todos que amo, não me consolam... Minha criança interior não quer saber de frases feitas em nome da racionalidade, ela quer chorar, lamentar-se.... e eu permito, eu dou vazão e razão, torno-me sua porta voz...
Porque neste momento, agora, eu não quero fugir da dor, mas a partir dela abraçar minha criança ferida e frustrada,
que não entende nada da vida, da morte.
Acolho este ser em mim , enxugo as lágrimas que são nossas e nos escoramos, nos unimos, sentindo o passo a passo do recomeço para a vida que continua.
Assim nos tornamos uma só energia, a curar-se, a fortalecer-se, enraizando a coragem que se alimenta do amor sincero e inabalável que somente existe na verdade de quem tem a coragem de abrir e sentir o coração.
Então assim acontecem as possibilidades para continuar a caminhar resgatando a harmonia, paz e equilibrio, humildade e gratidão pelas lições que a vida nos ensina para irmos em frente.
Morte sim, morte..diante dela nossa perplexidade é tão profunda que muitas vezes substituimos pela palavra Partida.
É partida sim, mas significa morte, nunca mais ouvir a voz, a risada, nunca mais ver, conversar, brigar, discordar... sentir somente o vazio da presença... o grito silencioso e dolorido da saudade.
É preciso estar alerta, vigiar para que na ânsia da inconformidade diante da nossa fragil mortalidade,
a gente não se fantasie com uma pseudo força somente pautada pelo ego, talvez na pressa para mostrar ao mundo que somos poderosos ao ponto de seguir adiante, porque a vida continua e precisamos ir em frente.
Sim precisamos,mas é preciso ter cuidado pois esta pressa em tentar descartar-se rapidamente de sentir a dor da perda, produz consequencias que somatizam de inumeras formas, tanto fisicamente quanto psicologicamente.
Sim, precisamos e devemos seguir, mas precisamos também calar para sentir a dor, fazer o luto,expurgar a inconformidade de nunca mais tocar fisicamente, ouvir a voz, a risada do amado que se foi, e sentir a estranheza de nunca mais poder reconstruir os sonhos e planos perdidos. Momentos....
Por isto escrevo sobre a dor, por isto exploro a dor, porque meu coração doi, minha alma chora.
Neste momento mesmo minhas crenças espiritualistas, mesmo minhas certezas que um dia eu também partirei e no outro plano reencontrarei todos que amo, não me consolam... Minha criança interior não quer saber de frases feitas em nome da racionalidade, ela quer chorar, lamentar-se.... e eu permito, eu dou vazão e razão, torno-me sua porta voz...
Porque neste momento, agora, eu não quero fugir da dor, mas a partir dela abraçar minha criança ferida e frustrada,
que não entende nada da vida, da morte.
Acolho este ser em mim , enxugo as lágrimas que são nossas e nos escoramos, nos unimos, sentindo o passo a passo do recomeço para a vida que continua.
Assim nos tornamos uma só energia, a curar-se, a fortalecer-se, enraizando a coragem que se alimenta do amor sincero e inabalável que somente existe na verdade de quem tem a coragem de abrir e sentir o coração.
Então assim acontecem as possibilidades para continuar a caminhar resgatando a harmonia, paz e equilibrio, humildade e gratidão pelas lições que a vida nos ensina para irmos em frente.