Voltar Pra Casa

Me vejo num túnel escuro, esperando a tua luz acender, sinto a alma se tornando sombria, quase não vejo tudo acontecer, e vou, vou de encontro a algo que nem sequer sei o que é, pelos traumas, vou com medo, conto os segredos do meu coração, ando em alta velocidade, pra quem sabe mais rápido tocar tua mão, e a medida que me distancio do ponto de partida, me desespero, pois mesmo a percorrer um espaço que não vejo, que desconheço, mesmo assim não consigo te ver, nem te sinto perto, e isso me apavora, me rouba a paz, de forma tão fácil e tão natural, é como roubar chocolate duma criança. Como num faixo luz veloz, te vejo, tão rapidamente, no mesmo segundo que meu coração acelera de felicidade, você some, é quando a paz junto com a alegria mais uma vez me são tomadas e eu fico a mercê de outro encontro rápido, venho me contentando com pouco já faz tempo, tanta coisa vem mudando em mim, e no meu coração, se tivesse mais um pouco de tempo pra conversar comigo, veria, descobriria, ouviria e até notaria que não sou mais o mesmo de quando te conheci. Sigo mais uma vez sem saber pra onde, sem saber porque, e as incertezas que me fazem companhia mais uma vez me apavoram. Nessa viagem pelo espaço desconhecido pensei bastante, afinal já faz tempo que estou nessa vivência, tão longe estou de onde parti, pensei e resolvi que Deus me seria uma companhia melhor, e quando não te encontro é ele que está aqui comigo, quando te vejo rapidamente, ele também está aqui, eu já até tenho vontade de voltar pra casa.

Ricardo Letchenbohmer
Enviado por Ricardo Letchenbohmer em 17/06/2016
Reeditado em 17/06/2016
Código do texto: T5670073
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