Gritos da alma...
Eu já não choro mais por qualquer coisa... Mais pareço uma pedra... Duro... Insensível... Seco... Não há mais tantas lágrimas pra poder chorar em vão. A minha alma em prantos não se revela... Mas ela chora... Berra feito menino.... Mas meus olhos estão secos. A tristeza toma conta de toda minha linguagem corporal... Olhar baixo... Movimentos curtos, lentos.... Rezando a desatenção alheia... A dor me atinge... A angustia me cerca... Despido de qualquer alegria, sorrio... Um sorriso amarelo e seco... Corta a minha alma sorrir nesse momento... Corta a minha alma não poder fazer o contrário... Não poder chorar, berrar, gritar... Felizes as crianças que o fazem... Esperneiam... Quem me dera espernear com lágrimas nos olhos... Soco o meu próprio rosto tentando me acalmar... Mordo os lábios... Cerro os punhos, aperto os olhos... Puxo meus cabelos embaraçados... Não há lágrimas. Nem uma gota. Nesta grande peça sou o palhaço, com sua eterna máscara do riso... Não é que eu force sorrisos, mas é que por trás de toda máscara, há um rosto. Um rosto nem sempre sorridente... Um rosto nem sempre satisfeito... Um rosto nem sempre feliz. Rio mais uma vez... Não tem graça.