Palavras, nada mais, que palavras.

Palavras nada mais que palavras.

Nos meus momentos de incerteza.

Na dissonância de meus pensamentos.

Atiço minhas palavras abstratas.

Em direção ao seu estremo.

Você tenta com seu juízo profano, me ignorar.

Reviro-me nos lençóis errantes.

Sem o seu corpo encontrar.

E no seu avesso incontido.

Ri e zomba,

Da minha intimidade vazia.

Diz que sou um errado, lacuna a se fechar.

E não contendo o meu desejo.

Avanço e ti beijo.

Num feitiço enviado, fazendo você gostar.

Balanças na cama, como guizo a anunciar.

Uma quimera irreal, que pelas nossas cabeças acaba de passar.

Despertado o instinto amargo do sexo.

Numa tirania absurda.

Onde nossas almas deitaram.

A se estreitar

E como um gozo sem nexo.

Palavras.

Apenas palavras.

Sussurrada, perdida no ar.

Tracajá

Tracaja
Enviado por Tracaja em 15/06/2016
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