Ruínas de Roma
Águas profundas do mar mediterrâneo, navios naufragados, peles refletiam o impacto.
Profundezas de sentimentos submersos...
O pulsar havia dilatado, invadia o oceano...
Ilha de Ventotene, assim eu denominava o meu isolamento
Sentia-me feito os intocáveis navios, indo em direção ao Palatino
Tróia parecia não sentir a brisa, apenas as chamas.
Chamas caracterizavam o meu íntimo.
Comparava-me naquele instante ao egocentrismo de Rômulo, e sentia o pesar das escavações que foram formando escombros.
Sentia o toque das ruínas na sua ausência...
Ruínas dilatavam os meus poros, e pareciam varrer um império de sentimentos
Naufraguei na fragilidade de dividir os teus dias com outras pessoas. Não gostaria de remar na solidão, nem remo...
A mansidão do rio tocava banhando os meus pés...
E nem uma equipe de arqueólogos conseguiriam fazer uma escavação e perceber a profundeza do meu sentimento, não expressariam em palavras e nem saberiam estipular em algarismos romanos a quantidade e a ordem do valor do seu olhar,este quando estás longe parece construir em mim ruínas,comparada as ruínas de Roma.