Ruínas de Roma

Águas profundas do mar mediterrâneo, navios naufragados, peles refletiam o impacto.

Profundezas de sentimentos submersos...

O pulsar havia dilatado, invadia o oceano...

Ilha de Ventotene, assim eu denominava o meu isolamento

Sentia-me feito os intocáveis navios, indo em direção ao Palatino

Tróia parecia não sentir a brisa, apenas as chamas.

Chamas caracterizavam o meu íntimo.

Comparava-me naquele instante ao egocentrismo de Rômulo, e sentia o pesar das escavações que foram formando escombros.

Sentia o toque das ruínas na sua ausência...

Ruínas dilatavam os meus poros, e pareciam varrer um império de sentimentos

Naufraguei na fragilidade de dividir os teus dias com outras pessoas. Não gostaria de remar na solidão, nem remo...

A mansidão do rio tocava banhando os meus pés...

E nem uma equipe de arqueólogos conseguiriam fazer uma escavação e perceber a profundeza do meu sentimento, não expressariam em palavras e nem saberiam estipular em algarismos romanos a quantidade e a ordem do valor do seu olhar,este quando estás longe parece construir em mim ruínas,comparada as ruínas de Roma.

SHIRLEY LIMA
Enviado por SHIRLEY LIMA em 11/06/2016
Reeditado em 11/06/2016
Código do texto: T5663990
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.