RUAS NOVAS
Pelas ruas quentes de massas densamente povoadas às pressas, fervores não bem respeitados sondam sobre cabeças compradas retirando um pouco daquela velha e boa calma. Perambulam em busca de rumos mais calmos, talvez casas mais suaves ou apenas futuros menos quente. Andam, andam e andam mais, são os que passam a noite indo de um lado para o outro em busca de paixões que se eternizem, aos poucos se esbarram pela multidão de rostos desfigurados que também já andam sem rumos e verdades por aí e ali em plena luz do dia mal dormido.
Pelas cenas, pelos atos, pelos fatos, vem a público em busca de algo que mostre a direção de caminhar numa terra que não se conhece mas que se precisa dela, estás estranho, quente, frio, sem saída, pedem socorro ao mesmo tempo que também machucam, correm feito loucos quando o assunto é sobreviver, perdoam e são perdoados para andarem um pouco mais. Ruas largas de finais estreitos, pelos caminhos que não se conhecem, que não se esperava ou se buscava com tanta ânsia, podem está guardados tesouros que fazem perdurarem-se sobre ruas refeitas às pressas.