@@ VIDA EM CORREDEIRA @@
Águas paradas...
Não gosto de águas paradas,
A não ser para agitar com braçadas
Brincadeiras e risos,
Gosto das águas que correm,
Das ondas que nos derrubam,
Das cachoeiras, corredeiras,
Dos redemoinhos
Cheios de exclamações!!!!!!
Pois vastas são minhas vestes,
Parar me confunde,
Atordoa, desabilita a viver,
Sou de escarlates recatos
Firmeza de caráter e movimento,
Desses que mexem o caldo da vida,
Que dá sabor, cheiro e cor
Admiro gente, gente de verdade
Que aje como tal,
Agarra-se à vida
Por ser esta, sua única saída
Choro por bobagem
Mas aguento firme o tranco
Pois não há reserva no banco
Gosto de inteligência
Essa que tem argumento, coerência
Entre o vulgar e a hipocrisia
Fico com o primeiro,
Gosto do autêntico
Não me admiro com nada
Povo que se veste de papel
Exibindo anel e com alma na lama
De desprezíveis falácias
Sem alegrias nem honra
Gosto das águas que correm
E de sangue que pulsa nas veias
(Taciana Valença)