Manuel
E a cada dia que se passa os calos param de doer
O suor se torna abundante
O dinheiro acaba num instante
Sonhos parecem flutuar ao norte
Sendo que o mesmo só conhece o sul
Vive do que pode e do que não tem
Vida difícil
Quem dera a esperança acabasse
Ou sua fé
Pois mesmo diante de tropeços da vida
Ora toda a noite a Deus em prece e agradecimento
Esse é seu manuel
Que não tem casa
As vezes nem comida
Mas que é rico ,
Mesmo que ninguém acredite
Na riqueza que o mesmo anuncia,
Pois sua riqueza não é reconhecível
Diante dos olhos insensíveis e materialistas
dos meros mortais.