Sono...
Visto-me de minhas armaduras... Capacete... Mãos firmes, segurando minhas espadas... Luto, viceralmente contra o meu inimigo invisível. Como se invisibilidade não bastasse, é de movimentos furtivos, traiçoeiros. Golpeio, desesperadamente, para todos os lados, agarrando-me a qualquer oportunidade de vitória, de acerto... Mas nunca acerto nada. Todos os movimentos são basicamente em vão. Sinto meu sangue me deixar, a cada golpe que recebo... Meus olhos aos poucos estão pesando... Cansam ficarem abertos... Me sinto tonto... Meu corpo treme... O suor escorre frio pela espinha, trazendo-me uma horrível sensação de arrepio... Algo quase pressagioso... Premonitório... Mas não me rendo! Ponho-me, novamente, de pé, seguro minhas espadas com a força que me resta... Ataco, tento destruí-lo, derrota-lo, ou, ao menos feri-lo. Todo esforço em vão. Toda determinação indo pelo ralo. Minha mente turbilha, ferve... Meu sangue congela... Meus olhos se fecham, e drasticamente me entrego. Viro para o lado, me cobrindo, e me permito dormir.