A falha do infeliz
Do sorriso largo flui cintilantes
Alegrias tantas que radiantes valsam
E das palavras conjuradas pulverizadas pelo vento
Têm-se a cega receita de tenro contentamento.
E os mesmos que procuram são os mesmos que não acham
Pois fabricam falsas razões e delas se entopem
Trazem até a borda e expelem o que acham torpe
Para transbordarem da mentira que outros propagaram.
E quando não conseguem, as lágrimas caem
E o sorriso fabricado esconde-se atrás da confusão
A propaganda não fala que é involuntário
E não fruto do esforço e enganação.
Pois o sorriso largo vem tão naturalmente quanto se vai
E não há problemas quando ele se esvai
Pois toda hegemonia é errada quando se trata da vida incerta
E aplicar lógica não fechará a ferida aberta.
O segredo é que melancolia também é algo virtuoso
Pois após senti-la, a alegria tem gosto especial
E quando entender que nada natural é tortuoso
O sorriso largo se fará presente do início até o final.