A perda.

Para compensar a amarga perda do que me foi concebido, concebo o que me é concedido, e o que está ao meu alcance... Entendo, após muito penar, praguejar, que cada segundo importa na criação... Dou a devida importância ao feito e ao efeito, pois o tudo está feito. Mas nada enfeito... Tudo é como tem que ser. O ser... O querer... E assim ser há, e será desse, o querer de não mais perder o que se é. O que se fez está constantantemente a se mudar e dessa forma não dá pra resgatar o que perdi... Pedi... Clamei... Não há mais nada além do caos de se deixar... O que me alcançou, me alegrou... Também me cansou.

Ohnik Santos
Enviado por Ohnik Santos em 02/06/2016
Código do texto: T5654560
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.