Lágrimas
E as lágrimas vieram por quê?
Talvez não pelas razões.
E que razões?
As mesmas que fazem de minha alma um trapo,
Uma vela que não pode mais iluminar.
Travesseiros e lençóis molhados,
A cada noite,
A cada dia.
Lágrimas que doíam como queimaduras,
Uma a uma.
Marcas reais de uma memória que não existe.
Traçados no tabuleiro.
Jogadas forjadas.
A vela então se apaga, e as lágrimas rolam como antes.
O velho coração murmura já cansado.
A alma se arrasta.
E por onde foi o sentido?
Não sei.
Pergunte as lágrimas por que vieram,
Com sorte lhe responderão, pois a mim, nada foi dito.