Cartas sobre a mesa.
Venho, por meio dessa, lhe pedir que pare. Pare agora. É inútil tentar entender. Não há o que entender, cartas são cartas, e elas estão sobre a mesa. Nada além disso. Ainda que as veja mil vezes, ainda que as troque de posição, que as rasgue, que as cole umas nas outras, cartas são cartas. Cada uma tem seu número, cada uma em sua função. O ás sera sempre o ás, sendo ele o "um" ou o "catorze", assim como o coringa será sempre o coringa... O bobo da corte... A bizarra diversão. A divertida indagação, que lhe engasga e lhe fascina. Não interessa quantas vezes remodelem o "Q", uma dama sempre será uma dama. Vale mesmo para o Valete. Um duque por mais versátil que seja, sempre será um duque. Basta ver na canastra, quando se disfarça de outra coisa... Fica completa, mas não correta, legítima, E será sempre assim.