Beija-flor, beija flor...
Em meio a tanta pressa, tanta ansia, paraliso, pasmo, com toda babaquice, com o bater inacompanhável de asas de um Beija-flor. As flores parecem se curvar ao seu bico, como que reverenciacem, a majestosidade do voo de tão pequeno e gracioso pássaro. Borboletas, as mais belas criaturas sugadoras de polém, afastam-se, a dar lugar ao passaro, grandioso, na sua minuscula presença. Presencio a cena, calado e atento. Mal consigo acompanhar seus movimentos velocíssimos e precisos... E em sua apresentação quase efêmera, ele se vai... Em busca de outas flores, a procura de novos campos, novo polém, novo ar... Despretencioso de ser avistado por mais um espécime, tão ignóbil quanto o homem. Apenas vai, a semear outras flores, e colher outros poléns... E outra vez, beija flor...