Enquanto chove lá fora
Enquanto chove lá fora...
Meus sentidos hibernam...
Parece que meus instintos reconhecem quando você não está por perto.
Fazendo adormecer o desejo que queima aqui dentro.
Não me entendo... Não me compreendo...
Como eu quero demonstrar os meus sentimentos por você, mas sinto uma barreira invisível que não deixa isso acontecer.
Quando você encosta os seus lábios nos meus, desejando um delicioso beijo... Não sei explicar como é difícil me entregar por inteira a algo tão singelo que nos une.
Contigo meu sexo é quente... Despudorado...
Não me rotulo, sou incandescente...
Não me privo das sensações que o teu corpo desperta ao meu.
É uma química tão forte e avassaladora, que por vezes, sinto medo...
O medo de perder...
O medo de uma hora para outra acabar como das outras vezes.
E por vezes, fico me policiando!
Como eu desejo que não fosse assim, mas é algo mais forte do que eu!
Como eu quero falar com você, livrar-me dessas amarras que me prendem.
Enquanto chove lá fora...
Permaneço aqui ouvindo a melodia que ela proporciona aos meus ouvidos.
Sentindo-a no fundo de meu coração cada soar de suas notas.
Como se tentasse contar cada compasso de sua harmonização.
Quem me dera ser como o tempo, em dias de sol ou em dias de chuva...
Quem me dera saber toda a razão de ser...
Quem me dera sentir toda a sensação de compreender...
Mas eu não sei...
Preciso aprender os motivos por que as coisas acontecem, ou deixam de se realizar.
Em meu pequeno mundo restrito essas questões são sempre tão vastas... Tão imensas quanto ao universo que nos cerca.
Então fico perdida sem saber em qual direção eu deva seguir...
Se o lado da razão...
Ou o caminho do meu coração.
Enquanto chove lá fora...
A vida continua!
Enquanto chove lá fora...
Aqui dentro não sei como proceder...
Desejando uma mão para me ensinar ao mundo compreender.