Politícamente incorreto

Eu me pergunto o que é que eu sou

Mas talvez eu não seja mesmo nada

Afinal quem sou eu pra perguntar 'Eu?'

No entanto nessa vida de coitada

só digo verdades e se doer, doeu!

pois além de mim o que há ordenada

junto as coordenadas dessa minha vida...

Não grito ao perjúrio do mundo

Mas sim a mim, a condenada

a pensar cada segundo

e se manter calada

Eu me pergunto quem você é

Mas talvez você não seja mesmo nada

afinal quem sou eu pra perguntar sobre você

julgamentos sem audiência e nem sou diplomada

nascemos com essa forma estranha de psiquê

não grito ao mundo, pois fui absolvida

o quê? ! A impunidade como retrato de um buquê

símbolo de adoração e festa e a plateia foi convencida

que o melhor é não questionar, pensar pra que?

quem sou eu? quem é você? quem é esquerda?

quem é direita? uma vida esquecida

um prato sem comida

a cara molhada

uma bandeira avermelhada

quem és tu "Oh pátria amada!'

que te feres e não fazes nada

melhor que acorde a continuar deitada

ainda viva ao leito de morte...

Eu me pergunto o que é que eu sou...

ARIELE ATHAYDE
Enviado por ARIELE ATHAYDE em 11/05/2016
Reeditado em 11/05/2016
Código do texto: T5631987
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.