Politícamente incorreto
Eu me pergunto o que é que eu sou
Mas talvez eu não seja mesmo nada
Afinal quem sou eu pra perguntar 'Eu?'
No entanto nessa vida de coitada
só digo verdades e se doer, doeu!
pois além de mim o que há ordenada
junto as coordenadas dessa minha vida...
Não grito ao perjúrio do mundo
Mas sim a mim, a condenada
a pensar cada segundo
e se manter calada
Eu me pergunto quem você é
Mas talvez você não seja mesmo nada
afinal quem sou eu pra perguntar sobre você
julgamentos sem audiência e nem sou diplomada
nascemos com essa forma estranha de psiquê
não grito ao mundo, pois fui absolvida
o quê? ! A impunidade como retrato de um buquê
símbolo de adoração e festa e a plateia foi convencida
que o melhor é não questionar, pensar pra que?
quem sou eu? quem é você? quem é esquerda?
quem é direita? uma vida esquecida
um prato sem comida
a cara molhada
uma bandeira avermelhada
quem és tu "Oh pátria amada!'
que te feres e não fazes nada
melhor que acorde a continuar deitada
ainda viva ao leito de morte...
Eu me pergunto o que é que eu sou...