Papéis Frios
Cantos escuros de papel dobrado...
Fugas inúteis em medos frios...
Todos deixados, vívidos, abandonados...
Nas calhas de chuva, no passado...
Uma gota só...
Um frio de dar dó...
E essas letras acordadas...
E o meu pensar em ti...
Que à hora dormes só, sem mim...
E a vontade de poder te encontrar...
Papéis dobrados, alguns rasgados...
Lembra-se das fugas?
Do quarto vazio, e dos medos frios?
São só pequenos momentos de incerteza...
De quem ama, mas é humano...
De quem teme por natureza...
Não a perda, mas o abandono...