Papéis Frios

Cantos escuros de papel dobrado...

Fugas inúteis em medos frios...

Todos deixados, vívidos, abandonados...

Nas calhas de chuva, no passado...

Uma gota só...

Um frio de dar dó...

E essas letras acordadas...

E o meu pensar em ti...

Que à hora dormes só, sem mim...

E a vontade de poder te encontrar...

Papéis dobrados, alguns rasgados...

Lembra-se das fugas?

Do quarto vazio, e dos medos frios?

São só pequenos momentos de incerteza...

De quem ama, mas é humano...

De quem teme por natureza...

Não a perda, mas o abandono...

JCRS
Enviado por JCRS em 29/04/2016
Código do texto: T5619705
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