insônia

" No meio termo do ciclo, vivo o pleno".

Lembro-me perfeitamente quando fiz essa frasezinha lixo pra demonstrar o quanto curtia os dias de breu , resumindo, sou uma problemática.

...depois de seis anos percebo que sempre vivi por "natureza" na sombra e no silêncio das doces e imperfeitas madrugadas..me levantava sempre em meio a um pensamento ou outro que me ocorria trazendo entusiasmo,e depois de dar várias voltas em torno da mesa falando sozinha como se me dirigisse a um grande público, ou recitando trechos dos livros que me faziam refletir, tais como; " a perenidade dos mitos não é devida ao prestígio da fabulação, à magia da literatura. É que ela atesta a perenidade mesma da realidade humana" , ou, sobre a insenção da moralidade dos políticos com a nação brasileira.... desanimava e voltava a deitar... afinal, o que é a minha insônia, se não, um acúmulo de loucuras que insistem em se tornar infinitas peripécias contra os raios Uv ?(embaraçoso não ? ) ...

Pois bem, hoje, já deve ser a milésima vez em que saio da cama, o vento que bate na janela e levanta bruscamente a cortina me assusta, e faz com que os raios alaranjados da manhã se manifestem sobre a parede, parece que o sono se aproxima a cavalo manco e as bobonas fantasias se desfalcam à cada raio que transluz, pouco a pouco, com veemência...

Moral da história, mais uma narrativa mal feita e à esmo pra justificar a insólita vida de morcega que levo. Fim;

Cássia Motaa
Enviado por Cássia Motaa em 28/04/2016
Reeditado em 16/06/2019
Código do texto: T5619378
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