PRAIA ONDADA

A junção do tempo

Em cada olhar maroto

No topo de cada ser

No ser de cada um

Faz correr águas límpidas na fonte

Do bem querer sorrir mais que o necessário

Mas as desgraças da vida

Na instancia galgada

Na escadaria do saber

Em hipóteses muito variadas

De se sentir tão sozinhos

No olhar ao redor do quase nada

No meio dessa imensa massa

Que desconhece quase tudo

Mas que questione a orbe

Na reciclagem dos mecanismos institucionais

Das ideologias fajutas

Que querem o poder para si

Em todo o tempo vindouro

O discurso confrontado

Com as relações descabidas

Na construção do saber

Fazer águas límpidas na fonte

Trazerem uma vida saudável

Para todos que perguntam

Sobre a vida ambiental

Que negocia o confronto

Entre os dois extremos,

Partes do mesmo processo

No retrocesso arraigado

Em cada delegação fracassada

Que comanda outros tempos

No vislumbrar uma praia ondada

Praia ondada de devaneios

No âmbito de hoje escrito

Tudo passa por outros ângulos

Enquadrados nas condições

Que fazem juízo de direito

No erro de combater

Tudo sem passar a limpo

A sujeira carregada nos ombros

De pessoas simples e boas

Orientadas pelas politicas

Descabidas nas vidas tortas

De curvas sinuosas

Que o ato nos faz percorrer...

Ainda há alguma força

Tentando reger a orquestra

Que desafia desafinada

Cada compasso da vida

Marcada para morrer

Em cada esquina do vazio

Que se desintegra em partículas

Minúsculas e sem pódio de chegada

Neste infinito caos comprometido

Com a nova ordem que sempre rege

E comanda cada passo da humanidade

É uma loucura sonâmbula

Acordando tanta gente

E fazendo novos aliados

No andar da carruagem

Sem nenhuma perspectiva

De chegar a lugar algum:

Assim é o nosso jogo

Assim é nossa jogada

O perder e ganhar já não mais mede

As consequências descabidas

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 27/04/2016
Código do texto: T5618144
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