PRAIA ONDADA
A junção do tempo
Em cada olhar maroto
No topo de cada ser
No ser de cada um
Faz correr águas límpidas na fonte
Do bem querer sorrir mais que o necessário
Mas as desgraças da vida
Na instancia galgada
Na escadaria do saber
Em hipóteses muito variadas
De se sentir tão sozinhos
No olhar ao redor do quase nada
No meio dessa imensa massa
Que desconhece quase tudo
Mas que questione a orbe
Na reciclagem dos mecanismos institucionais
Das ideologias fajutas
Que querem o poder para si
Em todo o tempo vindouro
O discurso confrontado
Com as relações descabidas
Na construção do saber
Fazer águas límpidas na fonte
Trazerem uma vida saudável
Para todos que perguntam
Sobre a vida ambiental
Que negocia o confronto
Entre os dois extremos,
Partes do mesmo processo
No retrocesso arraigado
Em cada delegação fracassada
Que comanda outros tempos
No vislumbrar uma praia ondada
Praia ondada de devaneios
No âmbito de hoje escrito
Tudo passa por outros ângulos
Enquadrados nas condições
Que fazem juízo de direito
No erro de combater
Tudo sem passar a limpo
A sujeira carregada nos ombros
De pessoas simples e boas
Orientadas pelas politicas
Descabidas nas vidas tortas
De curvas sinuosas
Que o ato nos faz percorrer...
Ainda há alguma força
Tentando reger a orquestra
Que desafia desafinada
Cada compasso da vida
Marcada para morrer
Em cada esquina do vazio
Que se desintegra em partículas
Minúsculas e sem pódio de chegada
Neste infinito caos comprometido
Com a nova ordem que sempre rege
E comanda cada passo da humanidade
É uma loucura sonâmbula
Acordando tanta gente
E fazendo novos aliados
No andar da carruagem
Sem nenhuma perspectiva
De chegar a lugar algum:
Assim é o nosso jogo
Assim é nossa jogada
O perder e ganhar já não mais mede
As consequências descabidas