Preencher o vazio

Embora a idealização de uma história de amor perfeita , como nos contos de fadas , ainda faça parte dos nossos pensamentos , temos conhecimento de que a realidade se encontra cada vez mais distante dessas idéias , bem como os casais atuais são tão pouco românticos .Na letra de música de Erasmo Carlos “Mesmo que seja eu” , é retratada essa desilusão de que esse amor perfeito jamais existirá.

Ao deparar-se com a solidão , muitas pessoas entram numa busca desesperada por alguém que possa preencher-lhes o vazio , e quando envolvem-se em um relacionamento, mesmo depois que percebem a ausência do amor e da paixão, não se desapegam por acomodação e medo da solidão, qualquer coisa torna-se melhor do que nada . Assim podemos verificar no trecho ”Filosofia é poesia é o que dizia a minha vó, Antes mal acompanhada do que só”.

É preciso entender que a desilusão é necessária para encarar o sentido real do amor , que não pode ser editado, corrigido, analisado e julgado, nem segue nenhum roteiro como nos livros e filmes, que temos a liberdade de seguir nossos corações sem regras e sem medo; que no final não devemos esperar sermos eternamente felizes , mas que o final deve existir quando a felicidade acabar.

No mundo real , nunca existiu uma relacionamento completamente perfeito, nem deve existir, pois a natureza humana é composta também por erros , e como cantou a cantora Elis Regina “ Viver é melhor que sonhar!”. A beleza do amor não encontra-se na perfeição , mas na naturalidade , na pureza e excepcionalmente na sinceridade. Por isso a união de duas pessoas deve ser fruto do amor , da paixão e da cumplicidade entre ambos e não do medo e do conformismo, caso o contrário, um lugar ao seu lado será preenchido mas seu coração permanecerá vazio , e a superação se tornará inalcançável.

Barbarística
Enviado por Barbarística em 24/04/2016
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