Quando olhei para as dores do mundo
 estranho silencio me abateu,
a inspiração fugiu, a poesia partiu,
foi embora,exilou-se,deixou-me só,
vitimizada,acanhada,assustada
agora arrasto-me, torno-me sombra,
sem dignidade, cheia de vergonha,
distante do sol, carente de luz,
cubro-me de cinzas e entre gritos e dores
torno-me fantasma, arrasto correntes,
enlouqueço sozinha, sem fé, sem poesia,
sou somente angustia, tristeza e cansaço,
humana terrivelmente humana,
desterrada... 
 
Mariangela Barreto
Enviado por Mariangela Barreto em 19/04/2016
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