Do outro lado da ponte

Chega num ponto de nossas vidas,

onde é preciso estacionar os sonhos,

onde não é possível se jogar de cabeça,

porque não se sabe se é pra lá que realmente se quer ir.

E para onde irá?

Se tudo em nós. nos obriga a decidir,

seria mais fácil não ter escolhas, nem opções, e deixar

livre o coração, e amar sem medir razões, somente emoções

e de onde se vem , não se volta jamais.

Queria que do outro lado da ponte,

aquela ponte que precisamos atravessar sempre

que temos que recomeçar,

e se lá, do outro lado estiver a sorte,

o amor que tanto queremos, a alegria , o entusiasmo,

e principalmente a vontade estar?

Seria maravilhoso estacionar as idéias em um só lugar,

descobrir compatibilidade em cada ser,

em cada sentimento pudéssemos confiar,

e ser eterno, como o amor que almejamos

daqueles tirados dos contos de fadas.

Hoje me pergunto,

porque o amor se tornou desamor,

e a vida não segue mais o rumo de antigamente,

onde laços eternos eram feitos e nada poderia separar?

O prazer de estar em companhia de alguém,

hoje infelizmente não se tem mais essa felicidade,

porque o alguém já vira logo um ninguém e a casa cai,

o mundo cai, e a vida desmorona sempre que chega a hora

de estacionar sentimentos.

Por mais que tentamos raciocinar, e procurar erros infinitos,

não se sabe onde encontrar, se estamos totalmente entregues,

o outro não esta, e a vida segue sem graça e as vezes cansativa,

só pelo fato de não saber onde o amor começa, e onde ele não deveria terminar.

Eu passei por muitas coisas , mas amar mesmo, não amei,

esse amor que todos falam, não conheci,

só me machuquei tentando amar, sem saber que na minha infinita ignorância,

o amor que existe de verdade, não está a venda e nada nele podemos mudar,

fazer alguém nos amar?

Que coisa impossível de se realizar,

trocamos sentimentos, inventamos momentos, e sabemos

por onde o amor não passará, nem de passagem, nem pra ficar.

Escolhemos o errado, pra não ficar só,

e deixamos o certo escapar, com medo, medo mesmo!

De se machucar.

E porque não atravessar a ponte e descobrir se lá tem algo

bom pra te prender e te fazer ficar.

Sônia Amorim

Sônia Amorim
Enviado por Sônia Amorim em 18/04/2016
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