Não sei mais se acredito ou não
Ainda bem que acredito em amores, dores, cores, andores e flores; ainda bem que o silêncio existe, acredito no mesmo, em risos cândidos e semáforos, acredito em jardins e rascunhos, chuvas em junho perdas e ideais.
Acredito na coragem dos poetas, nas partituras, pinturas, na suavidade da vida.
E não acredito que possamos aceitar a depressão se temos sol o ano inteiro, trabalhos variegados, temos a força de nossos ancestrais!
Sinto-me só acredite ou não.
Tudo acontece em nós, em mim, observo, observo e observo.
Aceito revoluções, sou um corpo em revolução, aceito as mesmas e sinto demais quando me consome o triunfo; o triunfo pra mim, quer dizer: Vaidade, vaidade caminhando sem medo de morrer de bala perdida, sem correr pra debaixo da mesa, da cama, ...não que desaprove comportamentos, distribuo sementes entre lágrimas, como um caudaloso rio e se ainda rio com o povo daqui, é porque sobrevivi.
A expressão do que sinto, de meu sofrer, não é a condenação pelo trabalho e sim se secarem as lágrimas.
Temo que meus olhos sequem, temo que minh'alma seque, vislumbro um outro tempo, um novo tempo, tempo de dividir, multiplicar e somar, tempo de diminuir as dores, tempo de olhar nos olhos sem perturbarmos as criaturas ao nosso redor.
Penso baixinho sobre a maluquice dos desejos, sobre a entrega total quando os pesadelos adornam nossas noites ou dias.
Rasgo minh'alma, não estou calma, estou só o pó, e agora?
Agora quero, desde quando? Desde quando quero?
Desde que minh'alma rasgou-se diante de seus olhos em letras.
Agora estou assim...
Quieta, calma, um séquito bem devagar por aleias frescas........
estou contigo,
estás em mim.
O ego ainda preso na presilha há de soltar-se e enfim mergulharei no infinito onde o não ou o sim, é aonde...... onde o nada, é nada de fato, só o respiro último..........Eis a partida!