RETIRANDO O "VÉU DE MOISÉS"
As Sagradas Escrituras repousam quase que inteiramente sobre fábulas, genealogias, parábolas, metáforas e histórias meramente simbólicas, que, propositadamente constituem o “véu de Moisés”. Nessa “atmosfera” está apenas o leite, como alimento para Jacó, o cristão histórico, sujeito ao decálogo de Moisés, cujo cristão se detém somente na literalidade das palavras, sem conseguir o acesso ao seu sentido substancial que permanece oculto, mas que poderá ser revelado pela vontade do Filho, cujo contexto pode ser confirmado pelo exame mais atento da Bíblia em (II Coríntios 3;13a17 / Mateus 13;;10a17 / Lucas 10;22a24 / Marcos 4;33,34) Temos ainda as Promessas de que nos últimos dias entenderemos claramente, que todos O conhecerão, que nada ficará encoberto e que tudo será revelado.. (Jeremias 23;20 / 30;24 / 31;34 / I Cor. 2;9,10 / Hebreus 8;8 a 13).
Mateus 10;26,27 – Portanto, não os temais, porque nada há encoberto que não venha a ser revelado, nem escondido que não venha a ser conhecido. O que vos digo às escuras, dizei-o às claras, e o que lhes é sussurrado ao ouvido, proclamai-o dos telhados.
Afinal, vamos retirar parcialmente o “véu de Moisés”, na expectativa de que o cristão histórico possa contemplar a resplandecência do seu rosto, sem que os seus olhos sejam ofuscados pela luminosidade. (II Coríntios 3;7 e 4;4)
Como Jesus Cristo ressuscitou dentre os mortos?
O homem, antes de nascer de novo, está morto espiritualmente. Quando a Promessa [Jeremias 31;33 - “na mente lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei”] é cumprida, ocorre o novo nascimento do homem, que então passa a viver no Espírito de Deus. O cumprimento da Promessa é a concretização da Nova Aliança, quando Cristo também ressuscita dentre os mortos, nos quais Ele também estava morto junto com o homem.
O que há de novo no Universo?
DEUS É TUDO! Logo o Universo é o próprio Deus. Deus é a Energia Pura que envolve e permeia todo o Universo, que se desdobra na Força Centrípeta, Força Centrífuga e Força Rotativa. O Pai o Filho e o Espírito Santo. O Universo é compartimentado em vinte e nove divisões, e Ele (o Universo) está composto de Três Princípios: o Primeiro Princípio envolve tudo, está em tudo, é a origem de tudo, é Energia Pura, não detectável, é o PAI. O Segundo Princípio compreende vinte e três compartimentos, ocupados pelos Príncipes Angélicos e suas Legiões de Anjos, sob o comando do Coração de Deus, postado no centro do Universo: o Filho Amado! Aí temos o Reino da Luz. O Terceiro Princípio é o vigésimo quarto compartimento, o único integrado pela matéria tangível, contaminada por Lúcifer, que deu origem a todas as galáxias e seus integrantes, inclusive o nosso Sistema Solar, com tudo o que o integra, e também os Seres Humanos, é claro. O vigésimo quarto Príncipe Angélico era Lúcifer, que foi deposto. Há ainda, mais quatro compartimentos, localizados nos vértices do segundo quadrilátero, ocupados pelos quatro Querubins que guarnecem o átrio do Santo dos Santos, e o compartimento central, o primeiro quadrilátero, ocupado exclusiva e inteiramente pelo Santo dos Santos, o Filho, no Coração do Universo, que é o Pai. (Vide ilustração do Universo na página 67 do livro “Caminho Para o Tudo”)
O Primeiro e Segundo Princípios são eternos e imutáveis, sem início e sem fim. O Terceiro Princípio também é eterno e imutável quanto à sua história, mas devido ao “acidente Lúcifer” (Judas 1;6), que contaminou toda a matéria desse compartimento, essa história que chamamos de Geração Cósmica, é como um rolo de filme, onde todos os eventos da existência já estão gravados, incluindo os eventos que ainda não aconteceram, onde a passagem do tempo é ilusória, pois o futuro já existe neste mesmo instante, e ele, o futuro, é tão imutável quanto o próprio passado. Nesse filme, somos todos, apenas atores e atrizes coadjuvantes, transitórios, nos quais o livre-arbítrio também já se encontra inserido no roteiro do filme, pois também somos “cartas escritas”. Na conclusão do filme, ocorre a separação de um terço da matéria que foi descontaminado e dois terços irrecuperáveis. O filme será reeditado infinitamente, sempre com a substituição dos atores e atrizes coadjuvantes e de toda a matéria, pois o “acidente Lúcifer” (Judas 1;6), também se repetirá infinitamente, assim como o sacrifício do Filho nas reedições das Gerações Cósmicas. Como se vê, não há nada de novo na história, na sua evolução e no desempenho dos atores e atrizes. Não há “criação” nem “criador”. ELE simplesmente é Eu Sou o Senhor! Entretanto, como o Terceiro Princípio do Universo também é um “moto perpétuo”, onde nada se cria e nada se perde, mas tudo se transforma (Lavoisier), ocorre o seu desfecho, na conclusão da Geração Cósmica, onde um terço de todo o seu conteúdo (33,3%) é a matéria recuperada, que é transformada e transferida para o Reino da Luz, no amor de Jesus Cristo, o Rei, (Segundo Princípio) e dois terços de todo o seu conteúdo (66,6%) é a matéria irrecuperável, (Lúcifer), que é também transformada, e encerrada no Reino das Trevas, (Primeiro Princípio) no tormento da Adstringência, do Amargor, da Angústia e do Calor, onde haverá “choro e ranger de dentes”. Vamos examinar um pequeno trecho do livro “Os Três Princípios da Essência Divina” de Jacob Boehme, que se deteve na questão das “novidades” nas manifestações Divinas, e que detona as idéias dos criacionistas.
“Não deves pensar aqui que Deus tenha feito alguma coisa nova que nunca existiu antes; pois se assim fosse, teria havido outro Deus, o que é impossível. Pois fora desse único Deus não há nada, uma vez que mesmo as portas do inferno não estão fora desse único Deus. Houve apenas uma separação entre o amor na Luz e a inflamada cólera nas Trevas, de modo que uma não pode apreender a outra e, contudo estão suspensas uma na outra como um único corpo”
Podemos acrescentar que qualquer coisa nova que viesse a existir, evidentemente seria algo de que Deus não tinha conhecimento, desmoronando então, a sua Onisciência! Ora, qualquer novidade é uma surpresa e por isso, não se pode cogitar de quaisquer coisas criadas, mas sim da evolução das coisas pré-existentes. Mas, para basear a melhor conclusão, vejamos os textos extraídos da Bíblia, cujo sentido literal está ao alcance de todos, possibilitando uma única e incontestável interpretação.
Eclesiastes 1;9 a 11– O que foi, é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; nada há pois, novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê isto é novo? Já foi nos séculos que foram antes de nós. Já não há lembrança das coisas que precederam; e das coisas posteriores também não haverá memória entre os que hão de vir depois delas.
Eclesiastes 3;15 – O que é já foi, e o que há de ser, também já foi; Deus fará renovar-se o que se passou.
Gálatas 1;15,16 – Quando Deus, porém, que desde o ventre de minha mãe me separou e me chamou pela sua graça, se agradou em revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, não consultei ninguém.
Romanos 9;11 -.Pois os gêmeos ainda não tinham nascido, nem praticado o bem ou o mal, para que o propósito de Deus segundo a eleição permanecesse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama.
Jeremias 1;5 – Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e antes que saísses da madre, te consagrei e te constituí profeta às nações.
II Coríntios 3;2,3 – Vós mesmos sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos, manifesto como carta de Cristo, ministrada por nós, escrita não com tinta, mas pelo Espírito de Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de corações de carne.
Efésios 1;3,4,5,6 – Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo, como também nos elegeu nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para si mesmo, segundo o bom desejo de sua vontade, para sermos filhos adotivos por meio de Jesus Cristo, para o louvor da glória da sua graça, que nos deu gratuitamente no Amado.
As implicações da pré-destinação são devastadoras para as doutrinas, dogmas, rituais, tradições, imagens, relíquias, solenidades, festividades, calendário, encenações teatrais, e o que mais vier, incluindo quaisquer variações de crenças e superstições, que infestam a atmosfera do cotidiano de todos, o que explica porque os criacionistas levantam as suas trincheiras, defendendo com unhas e dentes a própria sobrevivência institucional e os seus rendosos negócios. Entretanto, deixamos esse espaço em aberto, para as incursões intelectuais livres, dos Leitores que apreciam navegar pela complexidade do transcendente e das suas repercussões, especialmente os independentes, desvinculados de costumes coletivos, regras, regulamentos, etc., e que buscam sem quaisquer tipos de alienações, apenas o conhecimento, para fortalecer os alicerces das suas próprias convicções, sejam elas convergentes ou divergentes, pois é preferível ser quente ou frio, a ser morno. (Apocalipse 3;15,16).
Como diz Jacob Boehme em seu livro, a obra-prima, “Os Três Princípios da Essência Divina”:
“Ninguém pode se desculpar por sua ignorância, uma vez que a vontade de Deus está escrita em nossa mente”.
Louvados sejam o Pai, o Filho e o Espírito Santo!