Entre olhares e café
E foi assim,
Um café, uma capa, um toque.
Encarei aqueles olhos castanhos por longos segundos,
Até eles se virarem para mim;
Enquanto os lábios se movimentavam,
Numa empolgante história,
Observei aquelas mãos, claras, suaves, cheia de notas.
Até que então, o carro, a dúvida, a fome, o encontro;
Foi o momento em que o castanho cruzou meu azul,
As notas tocaram meu rosto,
E os sabores dos lábios se misturaram...
Foi uma mistura de vôos, agitação, e tremores dentro de mim.
O miocárdio pulsou, pulsou, até ser sentido,
As borboletas despertaram de um sono profundo,
E o corpo? O corpo estremeceu,
Balançou como o sino da igreja ao meio dia
Como as janelas em um dia de tempestade
Foi o instante em que o tudo voltou.
O que faço agora?
Passo a vida te olhando dedilhar o violão?
Sim, eu faria isso,
Na condição de poder teu perfume sentir,
Sem virgula, sem ponto, sem fim.
O entrelaço dos teus braços ao meu redor,
Permaneça, não tenha pressa,
O tempo tão passageiro, tão inimigo meu quer te tirar de mim
Corre na minha frente para agarrar-te na esquina,
Mas tudo bem,
Ele passará, e você será meu novamente
Constantemente,
E caiu na minha vida tão de repente,
Os anjos dizem amém,
E cada segundo que passa,
É nosso pra sempre
O nosso eu te amo, o nosso eternamente
Presente.