O POETA E A BORBOLETA
Voa, pequena flor alada!
Beija a outra flor,
por teu vôo encantada!
Pousa nos meus sonhos,
em todos os matizes,
o segredo desse vôo
e a extensão da liberdade!
Por parecer tão livre,
muitas vezes vira caça:
tua vida, tua graça,
sempre por um triz;
mas inconsciente disso
voa alto, sonha e nada sabe...
Vai assim, perfeitamente calma,
vivendo num momento a eternidade.