REPARA!
Repara! Reparo, sim. E em reparando vejo que nossa música necessita de urgentes reparos. A poesia precisa recuperar a sua parceria com a música, elas se davam tão bem...
“Na rua, uma poça d’ água,
Espelho de minha mágoa
Transporta o céu para o chão.”
Sentimento presente na melodia e nas palavras, a nos fazer sentir, a nos fazer pensar. Podíamos imaginar perfeitamente a cena, como nestes outros versos perfeitos:
“A porta do barraco era sem trinco,
E a lua furando nosso zinco
Salpicava de estrelas nosso chão”
Nem quero exemplificar aqui as palavras chocantes e nada edificantes que ouvimos nas “canções” de hoje.
Entendo que os tempos são outros, que as pessoas são outras, que o ritmo acelerado da vida moderna nos robotiza, “que o novo sempre vem”, mas precisava ser tão ruim?