O TEMPO A SOLIDÃO E A POESIA

As dicotomias e os detalhes do tempo de forma poética, eu estava solitário e fazendo reflexões sobre a vida, por exemplo, pensando nos grãos de areias e nas gotas d’água, a diferença entre um grão de areia no deserto e um grão de areia no olho do furacão, a diferença entre uma gota d’água no oceano, e uma gota d’água na aquarela. Viver ou sobreviver, ser ou estar, vencer ou perder, eu sou apenas um Poeta Peregrino, que esta aprendendo com cada passo que eu faço e sempre seguindo o caminho, sei que é preciso ter fé para viver, ser e vencer.

Será que o amanha virou hoje, ou o hoje virou ontem, são tantos depois de amanha que um dia se tornaram ante ontem, eu senti frio no inverno e calor no verão, a primavera passou, e um incerto outono deixou lembranças. A angustia e a solidão me fizeram deixar o meu relógio em casa, e sair para viajar até a praia, foram os últimos Tic-tac que eu ouvi, mas o dia foi passando, e durante o por do sol, estava olhando o mar e percebi que é melhor viver o momento presente, não apenas estar, mas ser eu mesmo agora, e antes tenho que ouvir os batimentos do meu próprio coração, eu sei que amar a Deus e ao próximo, essa é a solução, mas não sei quantos aniversários ainda passaram, espero ter alegria ao cantar e ter um brilho no olhar, essa vida é passageira, desse mundo não se leva nada.

Era o ultimo dia do ano, as horas se aproximavam da meia noite, eu ainda estava na praia, e observei o espetáculo do céu estrelado, em meio aos fogos de artifícios, mesmo em meio à multidão, eu ainda sentia solidão, e só a lua lá no céu é que me fazia companhia, eram tantas lembranças do ano que se passou, e boas expectativas para o ano novo que começava. Então decidi que a partir da próxima aurora tudo seria diferente, e sei que o futuro a Deus pertence, eu sou mais um homem mortal que esta aprendendo a viver pensando na eternidade, e um dia meu corpo vai cair no chão e a minha alma esta clamando por salvação, mas quem sou eu? Não consigo decifrar o abstrato que eu sinto, apenas observei o mar, mas mergulhei dentro de mim, entre emoções, pensamentos e sentimentos, vivenciei intensamente o momento, será que eu sou um poeta louco, guerreiro sonhador e eterno aprendiz, que queria ser feliz, mas antes tenho o dever de cumprir a minha missão, e isso para mim não é um fardo, para mim isso é uma honra, anunciar a verdade, ajudando a libertar os oprimidos, chamando as pessoas ao arrependimento, mas ainda estou tentando vencer a mim mesmo. Pela fé os dias melhores viram, eu estou vivendo e aprendendo, mas ainda não entendo o enigma da vida, as abstratas emoções, e os sub sentimentos, que implodem tudo dentro de mim, e depois que isso tudo aconteceu, eu juntei os meus próprios fragmentos, e então me reconstruí outra vez, igual a uma ave Fênix, eu renasci das próprias cinzas e continuo seguindo o Caminho, a Verdade e a Vida.

Agora estou jogando palavras ao vento, quem sabe um dia as minhas palavras se tornaram furacões e tornados, que bailam em meio ao caos desse mundo. Eu pergunto a todo o mundo, quem vai ouvir esse meu surtado grito de amor e solidão? Eu estou lutando contra o tempo!

Eu era um sobrevivente abandonado no mundo, que estava revoltado, aguardando iniciar um tsunami, e assim eu poderia surfar de volta para a cidade, surfando nas ondas do destino, estou seguindo o caminho, com fé, mesmo depois de ter caminhado muitas milhas e ter derrubado muitos gigantes, percebi que o tempo não para a vida passa e eu nada sei, e um dia eu conseguirei viver, ser e vencer.

Autor: Roberto Fabrício Poeta Peregrino