QUAL É O TAMANHO DE DEUS...
O ser humano sempre questionou a existência de Deus, em especial argumentando de onde ele teria vindo ou surgido, mas, a teologia diz que Deus é eterno, ou seja, ele é infinito, entretanto, continuamos a questionar essa infinitude, talvez por algumas razões que listaremos aqui.
Uma das razões é não ter as capacidades cognitivas para compreender algo tão abstrato e sem correlações quanto o conceito de Infinito - temos problemas sérios em compreender essa escala imaginativa da realidade física, e parte disso é culpa da nossa cultura e cognição imaginativa construída de forma sempre encapsulada ou delimitada por alguma coisa.
Moramos em casas, delimitadas por paredes, andamos em ruas delimitadas por calçadas, entramos em carros delimitados, vivemos sob-regras sociais que nos delimitam por dentro, nos limitam, nos regram e nos mecanizam em regras e ações, somos seres sociais encaixotados no nosso próprio modo de ver e pensar as coisas de forma cartesiana.
Talvez as formas cognitivas pelas quais estamos regendo nossa consciência que nos inundam de métodos e formulações, tem retirado aos poucos nossa mente dedutiva e assim nos afastando cada vez mais dessa compreensão metafisica do infinito conceitual.
Ao Imaginar algo como extremamente grande, nossa formulação cognitiva recai nessa formula de uma coisa, mas essa coisa tem uma delimitação, que é o seu espaço ao redor, nossa mente está condicionada a está presa a esta caixa delimitativa, e por mais que nos esforcemos em imaginar algo extremamente grande, sempre haverá uma coisa fora desse grande, o espaço delimitante.
Se assim é, não seria diferente para a consciência humana a tentativa de Imaginar o infinito conceitual, simplesmente não temos a capacidade de imaginar o infinito na sua forma literal e conceitual, e ao tentar imaginar, por exemplo o abismo sem fim do cosmo, nossa mente sem se dá contas, imagina o escuro, pois é uma forma de fuga cognitiva que encontra para conceituar algo sem correlação física.
Para tentarmos entender, precisamos explicar melhor alguns aspectos que fazem os conceitos iniciais do infinito de alguma coisa, seja esta alguma coisa física ou antológica na sua ideia inicial. Um bom exemplo é Deus, e aqui nos reportaremos a compreender o infinito da coisa física ( universo) para tentarmos entender o infinito da coisa espiritual (Deus), contrastando os dois modelos de existência eterna para uma tentativa de compreensão do infinito conceitual.
A teologia diz que Deus é infinito, sua existência se localiza dentro do próprio infinito, e o tempo é sua criação, ou seja, ele sempre existiu, não tem criador e nunca chegará seu fim, ele existe na horizontalidade do infinito conceitual.
Se não aceitamos ou não compreendemos esse argumento, vamos conjeturar a outra comparativa do infinito, o Cosmo, abordando pela argumentativa existente atualmente na ciência da cosmologia intergaláctica, comparação real e científica do conceito de infinito que os cientistas defendem para tentar compreender a explicação do eterno Deus e chegar a uma compreensão máxima do próprio infinito.
O universo, todo o cosmo, que é a parte material e atômica, formada por galáxias, estrelas, planetas, asteroides, juntamente com a trama do espaço-tempo, etc., foi criado segundo os cientistas no "Big Bang", uma mega-explosão cósmica a partir de um ponto minúsculo e condensado de matéria, e por força desta mesma explosão, toda essa matéria galáctica e interestelar encontra-se expansão até os dias atuais.
Se por acaso essa expansão nunca acabasse, todo o universo viajaria para sempre e sempre se agigantando no “espaço vazio” em todas as direções se distanciando do seu ponto inicial. Toda a matéria vinda do Big-Bang está se expandindo a uma velocidade estonteante e navegando dentro de um “nada infinito” criando espaço-tempo por onde passa.
Este “espaço vazio” e sem tamanho é o fator comparativo a Deus, pois, conhecemos as galáxias, os planetas, asteroides e estrelas, nebulosas, entre vários outros astros e corpos celestes existentes, porém não conhecemos e nem compreendemos até onde vai "o além deste espaço material", ou seja, a parte vazia, o nada absoluto do cosmo que Einstein chamou de "tecedura do espaço-tempo", e o além desta trama do universo conhecido.
Já existem novas teorias que falam de multiversos, ou seja, uma multiplicidade infinita e criativa de vários outros universos, todos navegando num “mega-espaço vazio infinito” como se fosse um grão de areia em meio a uma praia infinita de outros grãos, e todos imersos num vazio eterno e infinito.
A única questão é, até onde vai tudo isso, será que tem alguma parede ou delimitação nos confins do espaço vazio? Ou é um vazio eterno, um abismo monumental para todos os lados que não existem fim e nem começo, tão incompreensivo na sua vastidão que extrapola nossas formas de compreensão cognitivas nos condenando a não ter capacidades imaginativas para entendermos, ou será que estamos usando a mente de forma errada, estamos limitando e condicionando nossa mente a uma forma de pensamento muito localizada na lógica das medidas cientificas e cartesianas do processo delimitador.
Estamos conceituados a imaginar só o que podemos medir? Estamos encaixotados na delimitação do pensamento das três dimensões de medida? Será que estamos agindo certo? Será que nossos métodos científicos nos levarão a uma civilização de 1° grau, ou estamos condenados a infância eterna desta primeira fase, por está usando as formas e modelagens erradas? e do explicável onde a própria noção de vácuo não existe.
Questionar os processos e métodos científicos atuais é para muitos uma loucura, pois a física e a ciência já nos proporcionou muitas descobertas e progressos humanos, entretanto, será que estes métodos servirão para compreender o cosmo e as varias manifestações anômalas da natureza da realidade por muito tempo? Quanto tempo humanidade utilizará este método cartesiano cientifico? Isso servirá para daqui a Cinco mil anos? Dez mil anos? Estes mesmos métodos serão utilizados? Ou serão feitos novos métodos científicos baseados na lógica de uma quarta dimensão e da logica quântica?
Nossos métodos científicos tem prazo de validade, e seu prazo já deu seus primeiros indícios com a questão quântica, a mecânica quântica era algo tão desconcertante para alguns cientistas que muitos nem consideraram no inicio como algo cientifico, pois estavam presos a sua caixa cartesiana que lhes ensinava como pensar, e se pensasse fora dessa caixa era considerado um louco ou um metafisico. E esta é uma das razões modernas que nos distanciam mais ainda para tentar compreender o “infinito conceitual absoluto” e assim compreender o conceito de Deus, que vai ainda mais além.
Só de tentar atualmente pensar nisto, no "infinito absoluto", nos dá um nó no cérebro, pois estamos adestrados e aprisionados dentro das nossa limitações imaginativas, estamos regidos a processos de pensamentos iguais. Nós seres humanos não temos a perfeita noção deste conceito. Se fossemos eternos, e fosse possível viajar por bilhões e bilhões de anos a velocidade da luz pelo cosmos e continuássemos eternamente em direção a um horizonte qualquer do abismo, abordo de uma espaçonave, descobriríamos que jamais encontraríamos uma parede ou uma delimitação qualquer.
É muito difícil para nós compreendermos tal conceito de infinito, sendo algo assim muito abstrato de se pensar e quase inacreditável de se conceber como verdade, entretanto, sabemos pela ciência que assim é, existe realmente esse infinito no cosmo.
Nenhum cientista questiona a veracidade do conceito de infinito do cosmos desconhecido, sua existência pode até ser para algumas pessoas como algo mitológico, e para outras até desconhecido, entretanto, o fato de alguns não acreditarem ou não compreenderem que exista um “Mega-Espaço Vazio” além do cosmo, uma “coisa infinita em sua existência espacial” não faz com que este infinito não exista, ou seja, desacreditar em algo por não saber explica-lo não desfaz a sua existência.
Assim é Deus, Deus é como esta parte do Cosmo que o homem e nem a ciência jamais poderá explicar ou mencionar seu tamanho, talvez por não ter linguagens ou abordagens certas pra isso, ou até porque Deus e o infinito jamais será explicável, e mesmo o homem não compreendendo e nem vendo a sua existência ( Infinito do Cosmo, e o infinito Deus), sabe-se comprovadamente que ele existe, um sabe pela ciência e o outro sabe pelo coração.
Na verdade, é um conceito tão fora de correlações que o próprio tempo cronológico e o sentido de espaço percorrido perdem o significado, o tempo e o espaço não existem neste infinito, transmutando a sua compreensão para algo semelhante ao sobrenatural dentro da física quântica. Então, o próprio conceito de infinito do Cosmo é um conceito quase sobrenatural, igualando sua compreensão ao conceito de Deus.
A “trama do infinito” interdimensional é singular, segundo as mais recentes pesquisas cientificas, nunca teve inicio e nunca terá fim. E lembre-se, esta parte nada tem a ver com o Big-Bang, pois fala-se do “Grande Abismo infinito sem delimitações” - essa ausência do tudo, essa singularidade, "não há o que ter fim" e “não há nada que foi criado”, é espaço "vazio", aliás, como já mencionado, é além do espaço vazio, é uma singularidade onde nem o próprio vácuo e o tempo cronológico não existe, sendo assim um conceito complicado de se entender.
Isto nos reduz a nossa insignificância por não ter capacidades cognitivas de compreensão desta sabedoria cósmica. Deus é como esta parte do Cosmo que não se pode compreender, por está fora das aplicações da física e da ciência, pois se Deus for compreendido, ele nunca foi Deus, era uma criatura qualquer.
Esta alta sabedoria nos diz que nós nunca vamos entender o conceito do “infinito conceitual” dentro dessa singularidade do “nada absoluto” como também os cientistas, porém o "não" entendimento deste conceito de infinito do universo não faz deste "espaço" vazio algo inexistente, apesar de não entendermos “cremos” pela própria ciência que ele existe. O “Mega-Espaço Vazio” existe e esta sendo preenchido pela expansão da parte material.
Comparativamente, Deus é como o “Mega-Espaço Vazio”, ninguém compreende de onde veio e qual o seu tamanho, ou se ele sempre existiu. Questionar a criação de Deus é como questionar o infinito cósmico ou Mega-Espaço Vazio que existe e está ai, é só sairmos fora a noite que podemos enxergar uma parte ínfima dele, ou seja, é questionar o cosmo é questionar o obvio, e questionar a existência infinita de Deus é como questionar a existência infinita do cosmos.
Sendo ele Deus e ser de sabedoria eterna, não poderia ser explicado por reles mortais de capacidades e inteligências cognitivas limitadas, regidas por métodos que certamente serão descartados em um futuro próximo. Seu espirito é extremamente poderoso, nunca foi criado e não conhece a finitude, habitando entre os “espaços dos espaços dimensionais” onde o próprio tempo não existe.
Ele e o infinito do cosmo são formados entre as dimensões, por isso não se aplicam para eles os métodos científicos atuais e certamente a humanidade nunca encontre métodos que possa ser aplicado.
A não compreensão de onde ele veio, não retira o fato da sua grandeza infinita ser algo presente e real que vem impactante todas as civilizações que já existiram na face da terra, pois ele é como o “cosmo vazio” que existe, e ninguém compreende “o porquê” e o “de onde” ele veio. Entretanto, sua vontade é revelada pela bíblia sagrada e pelo toque do Espírito Santo no espírito do homem.
Ele se deixa conhecer por aqueles que recebem seu espírito, pois para compreendê-lo é preciso ter a mente do próprio Deus, razão esta que fundamenta o mistério da fé, a mais alta ciência da sabedoria da mente de Deus, para começar a compreendê-lo é preciso que a transcendência da razão humana seja elevada às três dimensões da sabedoria, pois quem tem a mente de Deus pensa como Deus e “Deus pensa na quarta dimensão do espaço”, superando a própria ciência humana.
Deus é a singularidade eterna do poder universal do tudo, ele é o próprio infinito em suas infinidades complexas, seu tamanho está em constante expansão como o universo, sua expansão eterna cabe no vazio do coração, que ao contrário das outras formas de preenchimento buscado pelos homens, nunca deixará surgir uma lacuna, sendo um amor em expansão como o próprio universo observável.