Dilema

Um dilema é sempre triste, quase como estar acorrentado pensando na fuga sem saber se o caminho da esquerda ou da direita te levará a tão almejada liberdade.

Afinal, sou boa ou sou má? Qual dos julgamentos tem maior peso, o meu ou o de outros? Estando a consciência em paz, sou boa, mesmo sabendo que a mesma consciência que me condena, me justifica? Onde estão os menus limites? Em mim ou em você, quando ajo?

E sobre o que penso... Sou boa porque mesmo pensando com maldade, não pratico a maldade, ou sou má quando querendo fazer o bem erro e acabo causando mal?

Vou passar a vida refletindo sobre isso...

Desconfio que era essé o objetivo da razao e do discernimento que nos foi dado, pois é a única maneira de experimentar a paz e o arrependimento, não como um conjunto eventos que tem a pretensao de nos definir como bons ou ruins, mas tratando das ações cotidianas como caminhos para o bem e o bom.

Se eu tiver que perdoar mais, que precisar pedir perdão, então estarei no caminho certo...

Melhor viver tentando fazer o bem, do que tentar não ser mal esperando a morte.

Antes viver, errar, aprender e mudar, do que passar a vida sem saber se bons ou não de forma definitiva.

Viver é isso, esse trânsito entre o que somos e o que podemos ser.

A corrente desse dilema que nos aprisiona, é só a vaidade e orgulho que insistem em nos dizer que o céu se localiza na perfeição que imaginamos ter.