Ca tar se
São 4h30 da manhã, estou acordada desde às duas, pensando no que minha vida se tornou nos últimos anos, a ponto de não ter uma folha de papel em meu quarto pra que eu possa materializar meus sentimentos. Penso, como um aparte à minha catarse, na importância contraditória que a tecnologia dos smartphones passou a ter em minha verborragia, até: registrar momento único que pela manhã, provavelmente se haveria esquecido, se não fosse esse pequeno objeto insuportável. Escrava cardíaca das estrelas, como a mim define meu poeta e poema favoritos.
Mas por ora e voltando à minha vida, ao que me tornei: literalmente tenho me enxergado de fora e que coisa! Quem tem sido até então essa pessoa que ando habitando? Eu? Não, não tenho sido eu e não gosto dessa que vejo.
Acordei às 2h00 de um sono de anos e me animo, me encontro novamente, recomeço, me orgulho de ter suportado, apesar desse pesar desta auto-deterioração.
(...)
É vida que segue, que ressurge.
Graças à Deus!
1/4/2016 - 4h51