Chega o fim da tarde
Com rajadas, pinceladas
Em um céu enegrecendo
Um rubro quase morrendo
Teimam em vão resistir
Mas rende-se ao salpicar
Alucinante das estrelas
Como artista a pintar
Ali e lá, milhões de pontos
E eu, vendo este encanto
Tento conter... mas, mareia
Os olhos emocionados
Lacrimejam lentamente
Enquanto na minha mente
Versos em torrentes brotam...
... A vida é poesia
O expressar de versos no respirar
As rimas inteiras ou quebradas
Nas atitudes e sorrisos
É poesia no abraçar afetuoso
No olhar desejoso
No alisar de um cabelo em desordem
No beijo dado na testa,
Ponta do nariz
Ou queixo.
É poesia só o suspirar do querer em silêncio
Ou no anunciar enlouquecido da paixão
No simples andar de mãos dadas
No piscar de cumplicidade
Independente de idade
Do quero, mesmo que saiba ser impossível
Sim, a vida é poesia
Por isto sinto-me inquieto
Que venham me faltar os versos
Saberei que parei
E... não mais respirarei
Calam em profundidade
Neste peito os meus versos
Entalados, amordaçados
Sufocados na inércia
Que o meu peito decreta!
Seria sina de poeta,
O sofrer não expressado,
O beijo nunca roubado,
Ou... O remendar da paixão?
Calam-se, pois, como preço
De querer o impossível
O ousar pensar em coisas
Que são simples contramão.
Com rajadas, pinceladas
Em um céu enegrecendo
Um rubro quase morrendo
Teimam em vão resistir
Mas rende-se ao salpicar
Alucinante das estrelas
Como artista a pintar
Ali e lá, milhões de pontos
E eu, vendo este encanto
Tento conter... mas, mareia
Os olhos emocionados
Lacrimejam lentamente
Enquanto na minha mente
Versos em torrentes brotam...
... A vida é poesia
O expressar de versos no respirar
As rimas inteiras ou quebradas
Nas atitudes e sorrisos
É poesia no abraçar afetuoso
No olhar desejoso
No alisar de um cabelo em desordem
No beijo dado na testa,
Ponta do nariz
Ou queixo.
É poesia só o suspirar do querer em silêncio
Ou no anunciar enlouquecido da paixão
No simples andar de mãos dadas
No piscar de cumplicidade
Independente de idade
Do quero, mesmo que saiba ser impossível
Sim, a vida é poesia
Por isto sinto-me inquieto
Que venham me faltar os versos
Saberei que parei
E... não mais respirarei
Calam em profundidade
Neste peito os meus versos
Entalados, amordaçados
Sufocados na inércia
Que o meu peito decreta!
Seria sina de poeta,
O sofrer não expressado,
O beijo nunca roubado,
Ou... O remendar da paixão?
Calam-se, pois, como preço
De querer o impossível
O ousar pensar em coisas
Que são simples contramão.
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