O porquê da minha escolha pela psicologia
Quando eu estava na 5ª série, lendo livros na biblioteca, eu descobri a psicologia e muito animada fui comentar com uma pessoa mais velha, que estava pensando em estudar a mente humana e a pessoa me respondeu dessa maneira: "ah, você está sonhando alto demais, não acha? esse curso não é para qualquer um". E diante dessa fala, eu fiquei intrigada e confesso que não fiquei chateada, todavia, senti muita curiosidade e pensei comigo: o que estaria se passando na mente daquela pessoa, para ela afirmar tão fortemente, que a psicologia não estava ao meu alcance?
Bom, foi a partir desse acontecimento, que eu tive a plena certeza de que queria ser psicóloga.
Pessoal, situações desse tipo marcam nossas vidas, e para mim, só contribuiu para que eu ficasse mais fascinada ainda por esse universo psicológico do ser humano. Acredito que a pessoa nem se lembra de que me disse isso (risos), mas eu nunca esqueci, pois de fato, incitou tremendamente minha curiosidade e vontade. Hoje, no último ano do curso de psicologia, entendo que nós dizemos sobre as pessoas, a partir de nossas crenças, valores e isso é muito perigoso, pois podemos destruir a autoestima de alguém, sermos injustos e no meu caso, devido a algo em minha subjetividade, o efeito foi ao contrário, eu me motivei mais ainda, e agradeço a essa pessoa, por ter me dito isso (risos) porque foi um impulso tremendo para eu correr atrás do meu sonho como ninguém. Entretanto, nem sempre esse efeito acontece e quando julgamos/categorizamos as pessoas, situações, e pior ainda, fazemos isso com base em nossas crenças, as chances de prejudicar alguém são enormes, sendo assim, é essencial praticar a empatia, enfim, fazer jus a ética da vida em compreender, que cada ser é único, insubstituível e que quando generalizamos, estamos desconsiderando esse fato, tão relevante.