Eu Rio
Afeiçoar-me por ciladas.
Tão clichê.
No chão sujo do banheiro
Alagado por dois pingos graúdos
De mijo ou suor ou lágrimas não sei
Vi lá um aquário de água suja onde refletido nado em eternas espirais.
Indo de lugar algum a porra de lugar nenhum
Nadando contra a correnteza do senso comum.
A ostensiva jactância ególatra do outro
Sendo o subterfúgio e a força motriz moqueadora
Do quão raso e fracassado és.
Eu rio.
Num rio de águas baças salinizadas opressoras de gargantas.