O AMOR E A TEORIA
O amor não é a prática da teoria da evolução humana,
o amor é a pratica constante da teoria divina.
(Sócrates Di Lima)
Teoria da Evolução Molecular
Por Mayara Cardoso
A derrubada decisiva da teoria da abiogênese (ou teoria da geração espontânea) levou a uma nova dúvida: já que os seres vivos não são oriundos de matéria inanimada, qual seria, então, a origem da vida? Uma das hipóteses lançadas para responder a essa pergunta é a teoria da evolução molecular.
Também chamada de teoria da evolução química, a teoria da evolução molecular é a mais aceita pela comunidade científica e foi proposta pelo biólogo inglês Tomas Huxley e posteriormente retomada pelos biólogos John Burdon Haldane e Aleksandr Oparin.
Conforme tal teoria, a vida é produto de um processo de evolução química em que substâncias orgânicas se arranjam, formando moléculas orgânicas mais simples e essenciais (como carboidratos, aminoácidos, ácidos graxos, bases nitrogenadas, entre outros) e da reação entre essas moléculas mais simples começam a surgir moléculas mais complexas (como lipídios, proteínas, ácidos nucleicos e outros). Depois de combinadas, essas moléculas mais complexas e mais estáveis formam estruturas com aptidões metabólicas e de autoduplicação, dando origem aos primeiros seres vivos.
Em 1929, Oparin lançou a teoria de que uma atmosfera dotada de gases como hidrogênio, metano e amônia, juntamente com o sol como fonte de energia, constituía um ambiente adequado para a criação de moléculas essenciais e substâncias orgânicas simples. Haldane, nesse mesmo ano, teorizou que as primeiras formas de vida teriam se originado num meio pobre em oxigênio, uma vez que este elemento é extremamente reativo e, sendo assim, poderia extinguir os compostos orgânicos formados.
Baseando-se nessas teorias, diversos compostos orgânicos foram sintetizados em laboratório em experiências que simulavam as condições supostamente existentes na Terra primitiva. Esse trabalho de produção artificial de moléculas foi desenvolvido pelo químico estadunidense Stanley Lloyd Miller no ano de 1953. Miller arquitetou um simulador formado por tubos e balões de vidro interligados e colocou nesse aparelho uma mistura dos gases metano (CH4), amônia, (NH3), hidrogênio (H2), e vapor d’água. Essa mistura gasosa foi, então, submetida a fortes descargas elétricas durante alguns dias.
Após uma semana, Miller examinou o líquido que se formou no aparelho e mostrou a presença de várias substâncias inicialmente ausentes no experimento, como os aminoácidos glicina e alanina, além de outras substâncias orgânicas mais simples. Com esses resultados, Miller mostrou que seria possível a formação de moléculas mais complexas a partir de moléculas mais simples e de certas condições ambientais, reforçando a teoria da evolução molecular. Posteriormente, outros cientistas também realizaram simulações das supostas condições da Terra primitiva, produzindo diversas substâncias encontradas em seres vivos.
A teoria da evolução molecular é complementar à teoria da Panspermia, que defende que a vida na terra é oriunda de substâncias precursoras de vida proveniente de outros locais do espaço. Os defensores da panspermia afirmam, que, onde quer que a vida tenha surgido, todo o desenvolvimento se baseia na evolução molecular.
Referências
AMABIS, José Mariano, MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia das células. São Paulo: Moderna, 2004
http://repositorio.bce.unb.br/bitstream/10482/2452/1/2006_Cl%C3%A9ver%20Gomes%20Cardoso.pdf
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