Ouviram do Planalto as margens cheias
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
de um povo heroico um brado retumbante.
Mas nos dias atuais essa letra foi um pouco modificada e passamos a ouvir dia e noite nos cantos dessa Pátria amada o seguinte:
Ouviram do Planalto as margens cheias
de um povo sofrido e esperançoso o seu choro
pedindo reforma imediata no comando
e que o sol da liberdade ilumina a cúpula.
Pois se esse mesmo povo não vai a luta
o País das maravilhas nunca cresce
e o que era pra ser uma democracia enxuta
o sonho vira pesadelo e a ladeira desce.
Terra abandonada
e transformada em corrupção,
não é o que queremos
seus filhos amados e sofridos
que por liberdade agora clama
invadir ainda mais o nosso coração.
Mas, se for preciso usar de Sul a Norte
um grito estridente de paz e amor
verás então o quanto esse grito é forte.
Nas praças, nas ruas e nas janelas, jamais deixaremos novamente o nosso grito de liberdade preso na garganta, pois se eles lutam com artimanhas usando as mais infames de suas armas, que é tentar comprar a dignidade de quem quer fazer justiça, o povo gritará mais alto em defesa desses nossos irmãos, almejando dias melhores, livres de impunidade, da troca-troca de favores e de total arrogância em pensar que estamos adormecidos, faremos com que eles enxerguem a nossa luta e ouçam os nossos gritos.